O valor do salário mínimo tem influência direta no bolso de milhões de brasileiros e na rotina de famílias que vivem com orçamento apertado. Quando ele sobe, muita gente acredita que a vida ficará mais fácil. Porém, na prática, a relação entre o aumento do salário mínimo e o preço de produtos do dia a dia é mais complexa do que parece.
Neste ano, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.518, atualizando o patamar da renda básica nacional e levantando discussões sobre o impacto desse reajuste nas prateleiras dos supermercados, nas compras de alimentos e nos costumes de consumo da população.
O tema desperta curiosidade e preocupação. Afinal, ao mesmo tempo em que uma parcela da sociedade passa a ganhar um pouco mais, surge aquela dúvida: os preços das compras básicas, como arroz, feijão, pão, leite e carne, também vão subir? Ou será que o reajuste no piso nacional é suficiente para melhorar a qualidade de vida e garantir a compra de todos os itens que são necessários durante o mês?
O que mudou no salário mínimo em 2025?
Em janeiro de 2025, entrou em vigor o novo valor do salário mínimo, passando de R$ 1.412 para R$ 1.518 – um aumento percentual de 7,5%. Esse ajuste seguiu a política de considerar a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que reflete o custo de vida para quem ganha até cinco salários, juntamente com o crescimento do PIB registrado dois anos antes.
A medida impactou não só quem recebe diretamente esse valor, mas toda a cadeia de benefícios sociais, aposentadorias, pensões e prestações vinculadas ao piso nacional. O salário líquido, após descontos como INSS (7,5%), passou a ser de aproximadamente R$ 1.404,15. Esse reajuste reforça a importância de monitorar a evolução do piso salarial para melhor controlar os gastos mensais e planejar as compras importantes.
Como o aumento do salário mínimo pesa no preço dos produtos
Um dos efeitos percebidos após o aumento do salário mínimo é o impacto indireto no preço de produtos da cesta básica. Quando o piso sobe, aumenta o custo da mão de obra para empresas do setor de serviços, agricultura, indústria e comércio – setores fundamentais na produção e transporte desses itens.
Muitas empresas acabam transferindo parte desse custo para o preço final dos alimentos e produtos presentes no carrinho de compras. Isso se nota principalmente em setores intensivos em mão de obra, como supermercados, panificadoras e pequenos comerciantes. Porém, o repasse não é automático nem igual para todos. O mercado, a concorrência e a pressão dos consumidores influenciam o ritmo e a intensidade do aumento dos preços.
Exemplos práticos: arroz, feijão e leite
Itens como arroz, feijão e leite normalmente estão entre os primeiros a refletirem variações de custos. Se a folha de pagamento dos funcionários dos fornecedores dessas mercadorias cresce, muitas vezes, os preços acompanham essa alta.
No entanto, fatores externos também influenciam, como clima, safra, política agrícola e câmbio – ou seja, não dá para atribuir toda alta ao salário mínimo. Ainda assim, a primeira reação do mercado pode ser um leve reajuste de preços, principalmente em redes de comércio popular e atacadões.
O que aguardar do reajuste do salário mínimo em 2026?

Imagem: Notícias Concursos
O Projeto de Lei Orçamentária encaminhado ao Congresso prevê um novo reajuste para o piso nacional em 2026. O valor proposto representa um aumento de 7,44% sobre o montante anterior. Esse avanço gera expectativa sobre como atingirá o consumidor final, especialmente diante do cenário de inflação na alimentação em 2026.
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Como a inflação pode comprometer as compras básicas
O Banco Central e órgãos oficiais projetam inflação anual de 3,6% medida pelo IPCA para 2026, mas, historicamente, setores como alimentação e bebidas costumam apresentar alta acima da média. Quando os preços de frutas, legumes, carnes e derivados disparam acima do reajuste do salário, ocorre perda do poder de compra.
Essa inflação na alimentação impacta fortemente quem depende do salário mínimo, pois limita a aquisição de produtos frescos, substitui carnes por fontes proteicas mais baratas e força a busca por promoções e feiras. Em alguns casos, famílias optam por itens mais simples ou deixam de consumir certos produtos, evidenciando a fragilidade do cenário de consumo para a base da pirâmide social.
Motivos para acompanhar os reajustes e planejar melhor o consumo
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Perguntas frequentes
- O reajuste do salário mínimo cobre toda a alta dos preços dos alimentos?
Não. Embora o reajuste seja calculado com base na inflação, a variação dos preços dos alimentos pode ser maior, comprometendo o poder de compra. - O preço do supermercado vai continuar subindo?
Projeções mostram possibilidade de altas, especialmente em itens de cesta básica, mas o mercado sujeita-se a outros fatores além do salário mínimo. - Tenho carteira assinada e ganho salário mínimo, vou ter reajuste automático?
Sim, trabalhadores registrados têm ajuste automático conforme novo piso. - Como fica o BPC e outros benefícios?
Eles são atualizados junto com o salário mínimo, aumentando a renda dos beneficiários. - Quem controla o índice de inflação usado no reajuste?
O INPC, calculado pelo IBGE, é o principal índice para correção do salário mínimo. - O aumento do salário mínimo em 2026 está garantido?
O valor proposto de R$ 1.631 depende de aprovação no Congresso.
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