Atenção! Neste ano de 2025, o número de casos de intoxicação por metanol, especialmente no estado de São Paulo, aumentou, gerando alerta entre as autoridades de saúde e segurança pública. A contaminação está associada à adulteração de bebidas alcoólicas, prática que expõe consumidores a risco de danos graves ou morte. Entenda a seguir, como esse perigo chega ao copo e saiba como se proteger!
O que é Metanol e sua toxicidade
O Metanol, ou álcool metílico, é um álcool simples de uso estritamente industrial, utilizado na fabricação de combustíveis, solventes, tintas e plásticos. Diferentemente do etanol, base de bebidas alcoólicas seguras para consumo humano, o metanol é altamente tóxico.
- Características: É um líquido incolor com odor leve, que pode ser facilmente confundido com o etanol.
- Risco: A ingestão de poucos mililitros já representa perigo. Sua toxicidade é potencializada pelo risco de causar cegueira e falência orgânica, podendo ser fatal.
Adulteração de bebidas e vias de contaminação
A presença do metanol em bebidas alcoólicas pode ocorrer de duas formas:
- Origem natural: Pequenas quantidades podem surgir durante processos de fermentação, mas são controladas por legislação, mantendo-se em níveis seguros.
- Adulteração criminosa: A prática alarmante ocorre quando o metanol é misturado propositalmente em destilados e cachaças, visando reduzir custos e aumentar o volume de venda.
Investigações indicam que surtos nos municípios paulistas em 2025 ocorreram após o consumo em bares e adegas, onde bebidas foram adulteradas com metanol desviado do setor industrial para destilarias clandestinas.
Diferenciação e sinais de alerta para o consumidor
A distinção entre o metanol e o etanol é importante, visto que ambos são inodoros e incolores, e o consumo acidental ou criminoso de metanol representa risco de morte.
Álcool | Tipo | Uso | Risco à Saúde |
Etanol | Álcool para consumo humano | Base de cervejas, vinhos, cachaças | Causa embriaguez |
Metanol | Álcool industrial | Combustíveis, solventes, tintas | Causa cegueira, danos orgânicos, morte |
Sinais de alerta para bebidas adulteradas:
- Preço muito abaixo do valor de mercado.
- Rótulos com desalinhamento, erros de impressão ou desgastados.
- Lacres tortos, tampas irregulares ou ausência de selos oficiais de fiscalização.
- Alteração notável no gosto, cheiro ou aparência do líquido.
A orientação é exigir sempre notas fiscais e priorizar estabelecimentos com registro e fiscalização sanitária, evitando bebidas de procedência desconhecida.

Sintomas da intoxicação e atendimento médico
Os sintomas de intoxicação por metanol costumam surgir entre 8 e 72 horas após a ingestão e diferem de uma embriaguez comum, pois o metanol afeta diretamente o sistema nervoso e o nervo óptico.
Sintomas comuns:
- Dor de cabeça, tontura, enjoo e vômitos.
- Fraqueza intensa e dor abdominal.
- Perda da visão e confusão mental.
- Em casos graves: queda de pressão, convulsões e coma.
Ações em caso de suspeita:
A ingestão de apenas 10 mL de metanol pode ser fatal. Ao suspeitar de intoxicação:
- Procure imediatamente o serviço de emergência (Samu 192).
- Ligue para o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações (CCI-SP: (11) 5012-5311).
- Evite remédios caseiros e não induza vômito.
O tratamento precoce é fundamental para reduzir sequelas e salvar vidas.
Medidas de prioridade e prevenção
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou que o combate à venda ilegal de metanol tornou-se prioridade em São Paulo para evitar a ocorrência de tragédias e proteger a saúde pública.
Orientações ao consumidor:
- Evitar a aquisição de bebidas em locais não confiáveis ou com preços suspeitos.
- Preferir produtos lacrados e com registro fiscal.
- Denunciar qualquer suspeita à Vigilância Sanitária do município.
Em 2025, bebidas adulteradas já causaram fatalidades e sequelas em dezenas de pessoas no estado. É fundamental redobrar o cuidado com a procedência das bebidas.
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